Apreender para aprender
eis a metaconjulgação de um ato,
A priori com a razão e suas categorias,
Ou com sentidos: visão, olfato paladar, audição ou tato;
Com experiências ou aporias,
Em sentido estrito ou lato,
Por prosa ou poesias,
Com desenvolvimento de técnicas ou dons inatos
Por imagens ou fotografias...
Ao acolher autoridades de doxa dogmática,
Ou ao duvidar de forma cética ou pirrônica...
Pelo "logos" ou pela simples "epoqué"
Por juízos com seus sujeitos, predicados e objetos...
Pela linguagem em sentido sintático, semântico e pragmático
Ou por simples contos, pela oralidade ou fala...
Com regras ou com encanto,
Sorrindo ou com pranto,
Por necessidade ou vontade...
Pelo processo ou pelo resultado,
Por indução ou dedução
Pela causalidade ou especulação...
De forma prolixa ou em síntese,
Pelo começo ou pelo fim...
Veja-se que a captura é o primeiro passo do aprendizado,
A percepção da identidade de cada conceito ou dos detalhes é a próxima pegada,
A memorização e aplicação constituem atos de polimentos do aprender...
Mas nenhum desses passos constitui melhor exercício do que a vivência...
A vida é a síntese do ato de apreensão do mundo externo e de como o ego interpreta essa apreensão e o que descobre de si...
No contínuo círculo de apreender para aprender a aprender, o que nem sempre se pode entender...
(Ton Soweha)
