A ALMA DE UM POETA
APAIXONADO POR SUA MUSA
A alma de um poeta é uma fonte de
ideias,
Elas vão fluindo e se materializando
na tinta e no papel,
E vão descrevendo os movimentos da
terra, na imaginação ou no céu,
Uma nascente que transborda as emoções
e as sensações vivenciadas...
Bem como aquelas observadas no pano de
fundo em que foi pintada a história!
A alma de um poeta apaixonado usa
lentes que tornam a visão mais nítida,
Mais apurada para observação a olho
nu dos objetos que os outros não podem enxergar...
Os objetos e seres ganham uma riqueza
imensa de detalhes que podem ser descritos,
E essas particularidades são
distinguidas pela riqueza da linguagem...
Do que realmente é belo, sem farsa ou
maquiagem...
A alma de poeta apaixonado ganha asas para
voar...
E lá do alto ele pode, por outro
ângulo, contemplar a beleza da vida
E da convivência e as relações das
pessoas...
Tudo isso pode ser visto com uma
pureza...
Algo que vai além da aparência... mas
antes se trata da compreensão da essência!
Por isso, do seu coração jorra uma
água límpida que reflete o céu...
Na sua alma nascem flores construídas
nas palavras postas no papel...
Mas impressas para sempre em sua
mente!
A alma de um poeta apaixonado por sua
musa é irrequieta,
Não se contenta com os versos, com as
palavras,
Pois a riqueza da linguagem é pobre em
relação ao alvo do seu coração:
Sua musa...
Eternizada em cada olhar... Em cada
gesto...
Em cada movimento dela que o
encanta... que aprisiona seu mirar naquela dinâmica...
Porque para o poeta sua musa só
precisa existir para completá-lo...
Para tornar a imensidão do céu azul,
E dar sabor a água, mesmo quando os
outros digam que ela é insípida,
Assim, ao olhar para sua musa... A
alma do que a contempla se aquece...
E sua imaginação mais parece com uma
borboleta que voa livre pelos campos...
Vai voando levemente e vendo a beleza
de sua amada...
Por vezes ele pousa em seus ombros
para tocá-la e se aproximar do milagre...
Do limite do impossível que distancia
a realidade e o sonho,
A imaginação e a realização,
A razão e a Emoção...
Porque sob as suas lentes ela é uma
dádiva
Que rompe a linha tênue dessas fronteiras,
Ela é uma obra de arte que seu autor a
aperfeiçoa todos os dias...
Cada traço de seu rosto tem um
significado...
Cada tom do som da sua voz é como uma
sinfonia perfeita...
Uma perfeição que encanta quem a
observa e a descreve!
E esse encantamento se renova,
Cresce feito grama na terra,
Feito os grãos de areia na praia...
E tudo isso ainda é pouco perto do que
sente o poeta que ama!
A musa amada é uma flor colhida
perfeitamente...
Ela tem uma imagem que o tempo só
torna mais agradável de olhar,
Seu perfume inebria e enlouquece o seu
amado,
O seu riso é o melhor momento do dia
daquele que a observa...
Esse sorriso é o sol do dia...
O farol da noite que mostra o caminho
para terra da felicidade...
Para a ilha do amor,
Onde o sobrenatural floresce e
frutifica...
Mas que foge aos padrões
convencionais...
Ela é o começo e o fim de toda a
beleza,
Por isso, sua definição é bela...
Ah que perfeição! Ela foi feita a mão
pelo ser divino,
Seu caráter foi forjado na dor,
Mas isso é a que a torna tão valiosa,
Pois, como diamante bruto é lapidado,
Sua forma de ser e pensar chegaram a
esse estado que enfeitiça o seu admirador...
Ah! Como o poeta admira sua musa!
Quando ela não está por perto, falta-lhe
um pedaço...
Daí, ele sempre sonha com ela para
matar a sua saudade...
Porque quando um poeta ama, ama de
verdade!
Ah minha musa,
Minha amiga,
Minha amada...
Como és desejada e sonhada, por essa
pessoa que te admira,
Que além de te olhar, te mira...
E vê em ti,
O que não vês...
A beleza, o encanto, a magia do teu
ser...
Lindo por fora, em teu exterior...
Marcado pelas curvas de teu corpo,
Pelo tom da tua pele,
Por um perfume sem igual,
E pelo desenho de tua boca que mais
parece um morango...
E um riso que emana um brilho como de
um astro celestial...
E um interior tão reluzente quanto o
metal áureo...
Uma verdadeira maravilha que os tolos
não podem ver...
Um coração que foi feito para o amor,
Fostes feita para seres amada...
Cuidada...
Protegida...
E observada...
Para que eu te mime com minhas
palavras,
Com as surpresas que preparo,
Mas, sobretudo, para eu te dê tudo que
está guardado para você...
O amor desse poeta que te escreve,
Desse moço bobo de tenra idade,
Que te ama como em um sonho...
Mas que te respeita e quer-te de
verdade
E vive a te admirar...
Para descrevê-la e amá-la como um
sedento em um deserto ao encontrar um oásis...
Amada minha...
Amada minha...
És o meu oásis no deserto dessa
vida...
És a inspiração de tudo isso...
És a fonte do meu amor... A fonte da
minha vida!
És a musa pela qual esse poeta se
apaixonou!
(TON SOWEHÁ)