segunda-feira, 22 de julho de 2013

EROS O AMOR INFINITO - VI POEMA



A ALMA DE UM POETA APAIXONADO POR SUA MUSA


A alma de um poeta é uma fonte de ideias,
Elas vão fluindo e se materializando na tinta e no papel,
E vão descrevendo os movimentos da terra, na imaginação ou no céu,
Uma nascente que transborda as emoções e as sensações vivenciadas...
Bem como aquelas observadas no pano de fundo em que foi pintada a história!

A alma de um poeta apaixonado usa lentes que tornam a visão mais nítida,
Mais apurada para observação a olho nu dos objetos que  os outros não podem enxergar...
Os objetos e seres ganham uma riqueza imensa de detalhes que podem ser descritos,
E essas particularidades são distinguidas pela riqueza da linguagem...
Do que realmente é belo, sem farsa ou maquiagem...
A alma de poeta apaixonado ganha asas para voar...
E lá do alto ele pode, por outro ângulo, contemplar a beleza da vida
E da convivência e as relações das pessoas...
Tudo isso pode ser visto com uma pureza...
Algo que vai além da aparência... mas antes se trata da compreensão da essência!
Por isso, do seu coração jorra uma água límpida que reflete o céu...
Na sua alma nascem flores construídas nas palavras postas no papel...
Mas impressas para sempre em sua mente!

A alma de um poeta apaixonado por sua musa é irrequieta,
Não se contenta com os versos, com as palavras,
Pois a riqueza da linguagem é pobre em relação ao alvo do seu coração:
Sua musa...
Eternizada em cada olhar... Em cada gesto...
Em cada movimento dela que o encanta... que aprisiona seu mirar naquela dinâmica...
Porque para o poeta sua musa só precisa existir para completá-lo...
Para tornar a imensidão do céu azul,
E dar sabor a água, mesmo quando os outros digam que ela é insípida,
Assim, ao olhar para sua musa... A alma do que a contempla se aquece...
E sua imaginação mais parece com uma borboleta que voa livre pelos campos...
Vai voando levemente e vendo a beleza de sua amada...
Por vezes ele pousa em seus ombros para tocá-la e se aproximar do milagre...
Do limite do impossível que distancia a realidade e o sonho,
A imaginação e a realização,
A razão e a Emoção...
Porque sob as suas lentes ela é uma dádiva
Que  rompe a linha tênue dessas fronteiras,
Ela é uma obra de arte que seu autor a aperfeiçoa todos os dias...
Cada traço de seu rosto tem um significado...
Cada tom do som da sua voz é como uma sinfonia perfeita...
Uma perfeição que encanta quem a observa e a descreve!
E esse encantamento se renova,
Cresce feito grama na terra,
Feito os grãos de areia na praia...
E tudo isso ainda é pouco perto do que sente o poeta que ama!

A musa amada é uma flor colhida perfeitamente...
Ela tem uma imagem que o tempo só torna mais agradável de olhar,
Seu perfume inebria e enlouquece o seu amado,
O seu riso é o melhor momento do dia daquele que a observa...
Esse sorriso é o sol do dia...
O farol da noite que mostra o caminho para terra da felicidade...
Para a ilha do amor,
Onde o sobrenatural floresce e frutifica...
Mas que foge aos padrões convencionais...
Ela é o começo e o fim de toda a beleza,
Por isso, sua definição é bela...
Ah que perfeição! Ela foi feita a mão pelo ser divino,
Seu caráter foi forjado na dor,
Mas isso é a que a torna tão valiosa,
Pois, como diamante bruto é lapidado,
Sua forma de ser e pensar chegaram a esse estado que enfeitiça o seu admirador...
Ah! Como o poeta admira sua musa!
Quando ela não está por perto, falta-lhe um pedaço...
Daí, ele sempre sonha com ela para matar a  sua saudade...
Porque quando um poeta ama, ama de verdade!

Ah minha musa,
Minha amiga,
Minha amada...
Como és desejada e sonhada, por essa pessoa que te admira,
Que além de te olhar, te mira...
E vê em ti,
O que não vês...
A beleza, o encanto, a magia do teu ser...
Lindo por fora, em teu exterior...
Marcado pelas curvas de teu corpo,
Pelo tom da tua pele,
Por um perfume sem igual,
E pelo desenho de tua boca que mais parece um morango...
E um riso que emana um brilho como de um astro celestial...
E um interior tão reluzente quanto o metal áureo...
Uma verdadeira maravilha que os tolos não podem ver...
Um coração que foi feito para o amor,
Fostes feita para seres amada...
Cuidada...
Protegida...
E observada...
Para que eu te mime com minhas palavras,
Com as surpresas que preparo,
Mas, sobretudo, para eu te dê tudo que está guardado para você...
O amor desse poeta que te escreve,
Desse moço bobo de tenra idade,
Que te ama como em um sonho...
Mas que te respeita e quer-te de verdade
E vive a te admirar...
Para descrevê-la e amá-la como um sedento em um deserto ao encontrar um oásis...
Amada minha...
És o meu oásis no deserto dessa vida...
És a inspiração de tudo isso...
És a fonte do meu amor... A fonte da minha vida!
És a musa pela qual esse poeta se apaixonou!

(TON SOWEHÁ)