Você já parou e se perguntou o
que é verdade?
Hoje
em dia esse termo foi vulgarizado, se transformando num lugar comum, onde os
indivíduos se baseiam para descreverem uma realidade que lhes aparece, se
confundindo com a verossimilhança, principalmente depois do advento do
pragmatismo e seu escopo de relativização da verdade.
Em
Cristo, porém, os padrões desenvolvidos pelo mundo, não são passíveis de
aplicação, haja vista, que ele é a verdade, a plena identidade do ser, do Ente.
Seus
sentimentos são sempre legítimos. E como seus discípulos, “pequenos Cristos” (Cristãos),
devemos buscar a verdade, tanto em nossas ações, como em nossos sentimentos,
não basta agirmos para que isto apareça como uma boa ação, devemos sentir assim
como JESUS sentiu.
Isso
porque enquanto os homens observam as ações uns dos outros, Deus contempla
nossas intenções.
A
verdade em nossas vidas, como verdadeiros participantes do Reino de Deus,
constatar-se-á a partir do momento em que nossas intenções e nossas ações se
coadunarem, em sentido homogêneo.
Os ensinamentos do evangelho
nos mostram que o Reino está dentro de nós, devemos partilhar esse reino com as
pessoas, sendo essa a verdade magna de nossa missão aqui na terra.
Demonstrar a presença de
um Deus imanente é o nosso papel de filhos, um Deus que não é distante, mas
presente, um Deus que não é um velho sentado num trono, não, mas sim um ente
que não é tudo, mas onde tudo se põem, cabendo lembrar e pensar que:
“Não
existe lugar onde Deus não esteja, existe lugar em que Deus não se manifeste”.
Lembre-se que Deus não
está limitado ao plano humano de tempo e espaço, ele é eterno e tudo conhece.
Ele nos conhece, sabe como nos sentimos em nossa essência e não em nossa aparência.
Então em suas ações, em
seu viver, lembre-se da verdade de Cristo, do amor real, do amor que muda
vidas... Que a verdade em nossas vidas possa ser algo sempre presente, como
verdadeiros discípulos, que nosso amor seja o complemento do vazio que aflige
essa humanidade utilitarista e pragmática.
Em toda essa loucura,
pense em tudo que você fala e faz... Pense como discípulo e se pergunte:“Tenho
eu o amor de Cristo? Amo realmente o meu próximo nos moldes ensinados por Jesus
ou estou corrompido com os padrões do mundo?”
Se você disser que tem os
padrões do amor de Cristo, lembre-se da Igreja Primitiva, em que o amor se
baseava em dois ideais: dividir o mesmo teto e dividir o pão.
Você pode dizer eu ajudo
um mendigo, um pobre, dou-lhe alimento ou dinheiro. Contudo, se você quer
refletir sobre o amor de verdade pare de confundir o amor com esmola! Esqueça
os padrões modernos dessa realidade e dos sentimentos e responda a seguinte
interrogação em sua alma: “Tenho eu coragem de pegar um mendigo, pobre,
sujo, fedido, viciado em tóxicos, contaminado pelo vírus do HIV e trazê-lo para
o seio familiar de minha casa?”
Se sua resposta for
negativa, lembre-se seu amor é falso e se baseia na ilusão criada pelos meios de mass media, você é um ser domesticado
pelas tendências e o verdadeiro amor para você é apenas um ideal inalcançável.
Importante
lembrar que na Igreja primitiva, quando alguém precisava de ajuda, tudo era
comum... Você
realmente está vivendo a verdade ou apenas uma quimera?
Você se deixou dominar por
padrões pequenos e fúteis, por ter sido adestrado por um poder exterior a você,
ao qual é imperceptível chamado violência simbólica?
Você tem medo das reações
dos outros, da violência imposta por essa falsa realidade?
Se você não se conformar reflita
como fazer a Diferença, mas não pare ai, vá enfrente, tenha coragem de
desafiar... de desafiar a si mesmo e seus padrões de realidade em nome da
verdade....
A
verdade ainda existe? Cristo existe? Ele realmente vive em você? Ou é apenas um
ideal impossível que satisfaz a sua culpa e engana a sua consciência frente a
sua inércia ante as necessidades do próximo?
TON
SOWEHÁ